segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

O Testemunho do Grande "Marcovic"

Esta semana, em vez de uma Entrevista, publicamos aqui no "Futsal FDL" a história da passagem de alguém que foi (e ainda é) um dos grandes marcos da nossa equipa. Começou a comandar a equipa desde Março de 2001/2002 até ao final da época 2005/2006. Já não foi meu treinador, mas sempre o considerei alguém importante, nem que seja pelo facto que na época passada esteve a apoiar-nos todos os jogos com a mesma garra como quando orientava a equipa. Fica aqui o testemunho de Marco Baptista, o Grande Marcovic.

Estávamos em Março de 2002, quando o grande mentor do futsal – o meu mestre - Carlos Jorge Amorim, mais conhecido por Cajó me comunicou que iria abandonar o comando técnico da equipa e que queria que eu o substituísse. Falou então com o vogal do desporto da AAFDL na altura, Bruno Alves (Benfica) e assim surgiu o convite para treinar a equipa de Futsal da FDL. É a estes dois homens que presto a minha homenagem por me terem dado a oportunidade de treinar uma equipa única.

O ano de estreia foi quase para esquecer, a época já estava a acabar e não havia muito a fazer. Na época anterior tinham abandonado a equipa alguns dos principais jogadores e a época era de transição, aproveitei para começar a fazer alguns contactos com o objectivo de reforçar a equipa.

Em 2002/2003, apareceu um grupo de amigos (Alma, Karel, Castro e Celso) que me ajudou a dar a volta à equipa. Mesmo assim foi um ano muito complicado, a equipa era muito pouco experiente. Quando se fala que os treinadores precisam de tempo é capaz de ser mesmo verdade, porque na 1ª época e meia que fiz os resultados foram uma tristeza e bem que podia ter sido alvo de uma chicotada psicológica…

Durante este período o grupo interiorizou as duas únicas regras que impus ao logo dos anos:

- Quem tivesse alguma coisa a apontar-me teria que o que fazer directamente. Nunca fui senhor da razão muitas vezes errei e quando os meus jogadores acharam que eu errei só tinham que me dizer, até porque muitas vezes eles tinham razão e só assim eu pude crescer.
- Todos estavam impedidos de dizer mal uns dos outros nas costas, o que exijo para mim exijo para os outros.

Em 2003/2004, estava na hora de darmos a volta por cima estávamos preparados para ganhar. O grupo estava forte e unido, dentro do campo a equipa tinha um senhor capitão, o meu capitão, Bruno Monteiro que pegou na equipa, chamando a si as maiores responsabilidades, deu tranquilidade aos companheiros e arrancou para uma época verdadeiramente de sonho… e depois dos golos decisivos sempre um abraço ao treinador que jamais posso esquecer. Nessa época resolvi fazer alterações radicais, o Castro passou de pivot a fixo o Karel de fixo a pivot. Como os meus conhecimentos técnicos não davam para muito mais o segredo da equipa só podia ser a sua união, o seu coração, o espírito de sacrifício. A força da equipa começava na sua defesa, Castro ou Celso foram insuperáveis e Monteiro auxiliou-os quando foi preciso, e depois todos sabíamos que tínhamos aquele guarda-redes que nos dava vitórias.

Chegamos ao final da 1ª fase só com uma derrota, contra uma super equipa do ISCTE, num jogo onde mais uma vez fui expulso (quantas vezes terei sido expulso alguém sabe?) e onde mais uma vez jogámos no pavilhão e perdemos. Chega a nossa primeira viagem e a primeira dor de cabeça a sério a convocatória para a Bélgica. Nessa altura não podia olha só para o potencial dos jogadores, quem está comigo, quem dá tudo por mim eu nunca o abandonarei até à hora da morte… o Alves tinha que ser o 1.º da lista e com ele outros homens de mística, mesmo que os seus dotes futebolísticos não fossem os melhores não os trocava por um Ronaldinho.

Mas foi nessa convocatória que cometo o maior erro que cometi enquanto treinador, a não convocatória do Manu (é verdade que acabou por ser possível convocá-lo, mas foi na véspera da partida e já não deu para ele ir). Só podia estar distraído, o Manu tinha chegado mais tarde que outros à equipa, é verdade, não se impunha futebolisticamente e era reservado, também é verdade, e terá sido por isso que… passou-me, que falha…trocava uma subida de divisão (que não aconteceu) para poder corrigir este erro. Bem sei que o Manu me perdoou, não tivesse ele o maior coração que conheço, mas eu é que não me posso perdoar, porque a viagem à Bélgica ficou mais pobre porque o grupo ficou mais pobre, porque dos que sempre me acompanharam foi o único que eu um dia abandonei… Mais uma vez desculpa amigo!

Na Bélgica o objectivo era curtir… íamos jogar Futebol e não Futsal, não podíamos querer ganhar mais do que um jogo… Mas logo cedo abrimos o livro fora do campo, o Castro e a Cuica, o Monteiro e o saco cama do Zé Costa. Dentro do campo, apesar da minha inoperância como extremo, nem sequer consegui ultrapassar uma gaja que me roubou todas as bolas acabámos por ter sucesso. Ganhámos aos romenos e aos palhaços dos holandeses.

Para a história fica o fortalecimento do espírito de grupo - o Celso que partiu o pé, ou coisa parecida, e obriguei-a jogar até ao fim, acabou por fazer o penalty que nos fez perder o jogo e chorar de dor e desespero - o momento em que chamei o Alves para aquecer e o gajo estava a dormir no banco - a expulsão mais linda da história, a do Alves por pontapear a bola para longe (para quem não sabe foram dois cortes dentro do campo, em tempo de jogo, mas como a bola foi para longe aquele atrasado entendeu que era falta de fair-play e expulsou o rapaz e logo quando eu lhe tinha dado a possibilidade de jogar mais de 5 minutos) e depois lá fiz eu figuras para variar… a correr descalço atrás do árbitro… e mais um expulsão.

Voltámos da Bélgica rijos e continuámos a lutar até ao fim. No jogo decisivo ganhávamos 3-1 à Lusíada e o palhaço do Marçal expulsa quem estava a fazer a diferença, o nosso desequilibrador, o nosso Pauleta… sofremos dois golos perto do fim e com o empate caímos e acabou o sonho….Ainda assim uma grande época!

2004-2005 – Ficámos sem o Alma, o Monteiro, o Alves e o Castro, todos a distribuir em Coritiba… Mas nós por cá não desistimos, regressou o aleijado, Marinho da Terra do Pão e com a classe que se lhe reconhece pegou na equipa, o Celso fez-se o jogador que vocês conhecem, o Karel assumiu a braçadeira, o Pauleta deu cartas e surgiu o Domingol, até que o Marinho se lesionou outra vez, o Karel ficou doente e não deu para mais, lutámos é verdade, mas outros foram mais fortes.

Chega a hora de Eindhoven, mas como a época era de azar o Alma lesiona-se no 1.º jogo e o melhor mesmo era sacudir a pressão e rodar a equipa e assim foi, todos jogaram e todos alombámos.. até eu joguei ou melhor fingi… Para a história aquele momento único, estava eu na casa de banho do Mac Donalds e é golo do Luisão, somos campeões, a noite foi nossa, foi toda nossa (obrigado aos sportinguistas pelo desportivismo).

Voltamos a Lisboa e fizemos um Torneio do Rato (TUL) de sonho, caímos na meia final contra os campeões, Informática, se calhar no nosso melhor jogo ao longo destes anos, o azar impediu-nos de chegar à final.

2005-2006 – Já tinha definido, depois de um Verão quente, era a minha última época, o tudo ou nada, a última oportunidade. A época começa mal porque não consigo convencer o meu capitão a continuar a liderar a equipa. Mas desde cedo percebo que era a minha última oportunidade mas também a última oportunidade daqueles que sempre me acompanharam. Para que tudo corra melhor chegam reforços caloiros, Carlão, Heliozico, Xinho (Tiago Rosado) e Pedro, temos sangue novo.

Para que o último ano corra em beleza, percebo que tenho em mãos um diamante, o maior diamante que me passou pelas mãos o Pedro, o geniozinho. Já conhecia o Pedro desde os 14 anos, ele ia treinar com a irmã, mas nunca me apercebi do que ali estava. O Puto pegou na equipa e transformou o nosso futebol, sempre defensivo, num futebol imprevisível e cheio de brilhantismo, finalmente o Pauleta tinha companhia na frente, finalmente tínhamos dois para desequilibrar, o nosso futebol tinha asas.. Grande Alma na baliza, super Celso, equilíbrio chamado Karel, Pedro, perfume de Pauleta, golos de Domigol e vitória atrás de vitória!

Chega Eindhoven, a equipa está mais confiante que nunca e quer ganhar o torneio, mais uma vez a mesma receita, começam as vitórias, uma defesa sublime que não sofre golos e só caímos com um grande roubo e mesmo assim nos penaltys contra os sérvios.

Na Holanda, o convívio com o Carlão (o coração desta nova geração, um homem aos 19 anos como poucos conheci, corajoso, amigo); o Xinho (o novo angariador de jogadores para a equipa o homem que defende a imagem da equipa na faculdade); o Heliozico (o novo Celso); o Areias (o novo Alves) e o Pedro (a classe dentro do campo), fizeram-me perceber que estava na hora, os que sempre me acompanharam (quase todos) não podiam continuar a jogar e teria que existir uma renovação e não devia ser eu a fazê-la. Era hora de um dos meus ter a oportunidade que eu um dia tive.

Mas antes da transição ainda existia trabalho a fazer em Lisboa, a equipa queria subir! Todos confiavam em mim, sabia que podia escolher quem quisesse e que teria o apoio de todos, enfim todos queríamos o mesmo e todos confiávamos uns nos outros. Chegou a hora, vencemos o ISCTE por um golo de diferença e falhamos duas ou três oportunidades. No dia seguinte, o IGT e fizemos mais um grande jogo contra uma grande equipa, falhámos um golo de baliza aberta e na jogada seguinte sofremos um golo, um auto-golo.
Dentro do campo foi sempre assim.. uma história de azar, fora do campo mais do que uma equipa fomos e somos uma família e essa foi a nossa grande vitória!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Para ti, Tiago

Nós, jogadores e treinadores do Futsal FDL deixamos neste post um abraço muito sentido ao nosso colega e amigo Tiago Rosado, que foi operado ontem a um ombro ficando assim impedido de dar o seu contributo (dentro do campo) à equipa certamente até ao final da presente temporada.
Sabendo obviamente que estarás lá para nos apoiar mesmo não podendo jogar, desejamos todos que recuperes depressa para que possas dar o teu contributo da maneira que certamente mais gostas: a jogar! Força Tiago!
A Equipa de Futsal da Faculdade de Direito de Lisboa

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Entrevista da Semana - Quadrada

Nesta "Entrevista da Semana" fica o testemunho de mais um "caloiro". Vi-o jogar pela primeira vez nuns jogos do Torneio Interno de Futsal da FDL o ano passado, e logo lhe falei do Futsal FDL. Prometeu que entraria para a equipa esta época e cumpriu. Concilia os nossos treinos com os da equipa de Futebol federado onde joga, o que mostra desde logo que além de talento tem uma enorme "fome de bola". Há quem o chame de "individualista", há quem diga que arrisca demasiado a finta "lá atrás". Uns chamam a essa atitude de insolência, eu prefiro chamar-lhe arte. Na minha opinião, uma das grandes promessas da equipa...Márcio, ou como ele gosta que lhe chamem: "Quadrada"!

- Futsal FDL (F): Quadrada, és caloiro no Futsal FDL e como tal é normal que ainda não estejas completamente integrado e familiarizado com a realidade da equipa. Ainda assim, que análise fases à equipa na vertente técnica e na união do grupo?
- Quadrada (Q): Bom, relativamente a vertente técnica penso que indubitavelmente temos valor para subir de divisão; temos claramente uma equipa com jogadores de grande qualidade e mais importante que isso com enorme ambição, ambição essa espelhada logo nos primeiros treinos em que participei .Contudo, essa ambição desmesurada à qual forçosamente advinha a união de grupo, creio que se desvaneceu um pouco por descuido de muitos elementos da equipa que por descuidos e impossiblidades de várias ordens se “baldaram” indiscriminadamente aos treinos nestes dois ultimos meses...aqui fica a crítica para futura reflexão...

- F: Jogas Futebol federado mas sei que já praticaste também Futsal. Queres partilhar connosco o teu percurso desportivo desde miúdo?
- Q: Pergunta que me obriga a ir ao baú de recordações... Iniciei o meu percurso na segunda divisão no clube do meu bairro quando era iniciado de primeiro ano onde tive duas épocas. Findas essas duas épocas, o Atlético de Odivelas, potência do Futsal "alfacinha" nas camadas jovens foi-me buscar onde joguei três anos, sendo que no segundo ano - ano que me marcou - fui capitão e fui convocado à selecção, onde estive três semanas em competição num dos momentos que mais me orgulho até agora. Daqui saltamos para o meu terceiro ano no clube, ano fatídico para mim pois à sexta jornada contraí uma lesão grave no joelho que me impossibilitou de jogar durante três anos, ou seja, até ao presente ano.

- F: Todos conhecemos os teus atributos como jogador. És tecnicista, tens um óptimo remate e nunca desistes de um lance. Mas gostava de saber mais sobre a tua visão do futsal. Qual é o teu modelo de jogo favorito, e em que posição é que achas que poderias servir melhor a equipa?
- Q: Pelo que percebi utilizamos um modelo de jogo onde defendemos na "linha 1" ou seja, numa linha defensiva o mais recuada possível, o que me parece uma boa solução se os mecanismos defensivos estiverem bem incutidos nas cabeças dos jogadores. Contudo, este sistema, se colocado perante uma equipa composta por jogadores que tenham uma boa "longa distância", ou seja, tenham um bom remate mesmo que colocados longe da nossa baliza pode-nos provocar bastantes problemas. Apesar de todos os modelos terem as suas lacunas e este que utilizamos seja bom, eu prefiro jogar em "quatro zero" a defender na linha cinco,ou seja, a “cair em cima deles” logo perto da área adversária, fazendo com que a equipa não tenha espaço nem tempo para construir, e posso te explicar esta opção mais detalhadamente: Tal como nós as equipas adversárias nao terão certamente muitos treinos para acertar mecanismos e com certeza não saberão sair de pressão convenientemente, sendo que penso que poderíamos aproveitar esse mesmo facto nos jogos mais decisivos, "sufocando-os" à partida.
Agora este mecanismo requer boa condição física dos nossos jogadores, e a julgar pela comparência aos treinos, não acredito muito que esta boa forma física seja uma realidade que se observe na nossa equipa. Quanto à minha posição, eu adoro jogar a fixo, mas na realidade desdobro-me bem em qualquer posição, excepto a guarda-redes claro (risos)!

- F: Ainda só jogaste um jogo esta época, contra Belas Artes (vitória por 3-1), mas deixaste desde logo a tua marca com um grande golo. Quais são os teus objectivos individuais a curto e a longo prazo?
- Q: Desejo o mesmo que tu certamente, isto é, desejo atingir a titularidade apesar de não poder treinar às sextas e ajudar o grupo a ganhar todos os jogos pois temos recursos humanos para tal. Quando me falas em longo prazo presumo que te estejas a referir aos anos vindouros... Relativamente aos anos que virão espero permanecer na equipa e juntamente contigo e com os restantes intervenientes da nossa equipa, sejam os jogadores ou treinadores conquistarmos “coisas engraçadas”. Acho sinceramente que ainda vamos atingir grandes prestações!

- F: Quem foram os elementos da equipa que mais te ajudaram na tua integração, e quais destacas mais como jogadores?
- Q: Reportando-me aos jogadores que já pertenciam à equipa, tu (Tudela) foste claramente o que mais se evidenciou na integração naquele grupo... também o Ciley e o João Luz, entre outros mas guardo para ti um papel de destaque relativamente a esta questão! De referir também o contributo dos "misters" Celso e Alma que são uns “porreiraços”. Agora na vertente de destaque a nível individual de jogadores - o que é tarefa complicada porque há muitos bons jogadores na equipa - enalteço-te a ti, o Tomás, Pauleta, Domingos, André e o também caloiro “Eskilo” que ainda se vai mostrar bastante útil.

- F: Tens treinos 4 vezes por semana no clube onde jogas e por isso só podes treinar connosco à quarta-feira. Como consegues aguentar fisicamente tanto esforço, e onde arranjas motivação para vires treinar, às vezes só com mais 4 ou 5 pessoas todas as quartas-feiras, quando podias estar a recuperar para os últimos treinos da semana da tua equipa?
- Q: Bom, esta questão é de resposta simples! Respondo-te com a minha “fome” de bola....podia ter crescido numa favela no Rio de Janeiro para ter desculpa para passar o dia inteiro a jogar futebol!! (risos)

- F: Estamos a chegar a Março. Os últimos 3 meses da época vão ser repletos de jogos em várias competições. Tens alguma ideia de como vais conseguir conciliar tantos treinos e tantos jogos de duas equipas?
- Q: Tenho ideia sim, pois nem que seja preciso faltar a algum treino no meu clube - com uma conversa prévia com o meu "mister" claro -, se sentir que a equipa necessita de mim, estou disponível para me sacrificar a nível fisico em prol da equipa, ou seja, quando o calendário estiver definido, dê por onde der, terei de arranjar forma de conciliar estudo e futebol seja no meu clube seja na nossa equipa de Futsal! Uma coisa é certa, com vontade e dedicação tudo se consegue e esta situação não será excepção...é uma promessa!

Directo e incisivo, tal como no campo, "Quadrada" fez esta "Entrevista da Semana" bastante interessante. Quarta-Feira, já com as orais terminadas, teremos em princípio o "primeiro" treino digno desse nome de 2008. Muito terá que ser trabalhado, pois dia 4 e consequentemente o jogo contra Agronomia aproxima-se! Até lá, Abraço a Todos!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Agradecimento

Certamente que quem veio ao nosso Blog nos últimos dias reparou que esteve a ser feito um upgrade ao mesmo. Este post serve assim para em nome de toda a equipa, agradecer esta preciosa ajuda ao Bernardo Rosmaninho (Bernas) que conseguiu assim fazer com que este espaço fique mais organizado e apelativo. E como "uma vez Futsal FDL, Futsal FDL toda a vida"....Obrigado Companheiro!

A Equipa de Futsal da Faculdade de Direito de Lisboa

Equipamentos


Num acto inédito e provavelmente único, venho concluir (ou quase) o meu contributo no "upgrade" feito a este site, ao dar início a um novo espaço, deixando aqui a primeira foto dos equipamentos da equipa do Futsal FDL. Mais fotos virão para aqui no futuro, sendo que esta é só a primeira.

Desejo, como sempre, as maiores felicidades á equipa e a todos os seus membros.

Um abraço,

Bernardo Manuel Carmona Rosmaninho.


PS: Para verem os equipamentos no tamanho "original" carreguem na foto.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Historial do Futsal FDL

Esta é já a 11ª época do Futsal FDL. De certeza que já vestiram o equipamento "rossonero" da nossa equipa mais de 100 pessoas. O que será aqui feito é uma espécie de "hall of fame" das 11 épocas já disputadas pela nossa equipa. Este é apenas o lado estatístico da nossa história:

Ficha da Equipa:

- Nome da Equipa: Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa (AAFDL)
- Localização: Lisboa, Portugal
- Fundação: Outubro de 1999
- Campo: Estádio Universitário de Lisboa
- Filiação: Associação Desportiva do Ensino Superior de Lisboa (ADESL)
- Competições: Divisão do Campeonato Universitário de Lisboa (CUL), Taça Universitária de Lisboa (TUL)
- Capitão: João Tudela

- Sub-Capitão: Tomás Morais


Historial:

1999/2000
- Treinador: Carlos Jorge Amorim ("Cajó")
- Capitão: Frazão
- 5 base: "Charruadas", Frazão, Costa, Vasco e Eduardo
- CUL (2ª Divisão): 2ª Fase

2000/2001
- Treinador: "Cajó"
- Capitão: Frazão
- 5 base: "Charruadas", Frazão, Costa, Vasco e Monteiro
- CUL (2ª Divisão): 2ª Fase

2001/2002
- Treinador: "Cajó" (até Março de 2002) e Marco Baptista ("Marcovic")
- Capitão: Monteiro
- 5 base: Zé Costa, Monteiro, "Luna", Nuno Coelho e Luís Henrique
- CUL (2ª Divisão): 1ª Fase

2002/2003
- Treinador: "Marcovic"
- Capitão: Monteiro
- 5 base: Alma, "Karel", Monteiro, "Luna" e Castro
- CUL (2ª Divisão): 1ª Fase

2003/2004
- Treinador: "Marcovic"
- Capitão: Monteiro
- 5 base: Alma, "Karel", Monteiro, "Pauleta" e Castro
- CUL (2ª Divisão): 2ª Fase

2004/2005
- Treinador: "Marcovic"
- Capitão: "Karel"
- 5 base: André Lourenço, Celso, "Marinho", "Karel" e "Pauleta"
- CUL (2ª Divisão): 1ª Fase

2005/2006
- Treinador: "Marcovic"
- Capitão: "Karel"
- 5 base: Alma, Celso, "Soneca", "Karel" e "Pauleta"
- CUL (2ª Divisão): Fase Final (4º Lugar)

2006/2007
- Treinador: Diogo Boa Alma (Alma)
- Capitão: "Pauleta"
- 5 base: "Dani", Tomás, Tudela, "Soneca" e "Pauleta"
- CUL (2ª Divisão): Fase Final (4º Lugar)

2007/2008

- Treinadores: Alma e Celso Antunes

- Capitão: Domingos

- 5 base: André Leitão, Tomás, Tudela, Quadrada e Domingos

- CUL (2ª Divisão): Fase Final (4º Lugar)


2008/2009

- Treinadores: Alma e Celso Antunes

- Capitão: Domingos

- 5 base: Apolónia, Nabais, Iuri, "Eskilo" e Domingos

- CUL (2ª Divisão): Fase Final (2º Lugar) - Promovidos


2009/2010

- Treinador: João Segura

- Capitão: Domingos

- 5 base: André Sobreira, Tomás, Tudela, Vaz e Zé Nazaré

- CUL (1ª Divisão): Fase Final (4º Lugar)

- TUL: VENCEDORES

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Entrevista da Semana - Alma

Ainda não terminou a época dos exames e orais na FDL, contudo já lá vai praticamente um mês desde que recomeçaram os treinos.
A nossa primeira entrevista de 2008, tal como prometido é com Diogo Boa Alma, o nosso Treinador. Já é a sua segunda época como treinador, mas nesta entrevista irá abordar, sempre com a sua frontalidade, temas do seu passado não só como treinador mas também como jogador. Convosco, Almovic!

- Futsal FDL (F): Alma, após 4 anos em que defendeste, com muita honra e qualidade a baliza do Futsal FDL, viste-te em 06/07 perante muitos dos teus antigos companheiros de equipa, na qualidade de Treinador. Como foi essa sensação?
- Alma (A): Foi uma sensação estranha para mim. Sempre fui um jogador muito interventivo e, como também tinha mais experiência que a maioria dos outros jogadores era visto como um dos líderes da equipa. Sempre quis ser treinador desta equipa pelo que ela significa para mim, fiquei muito contente com o convite e assumi o cargo para dar o meu melhor. Foi estranho treinar amigos e custa sempre preterir uns para colocar outros a jogar, mas tentei sempre ser imparcial como era minha obrigação e os verdadeiros amigos perceberam a minha função e separaram o Alma treinador do amigo Alma.

- F: Durante essa época decidiste tomar algumas opções que geraram alguma controvérsia, como passar caloiros a titulares, e “encostar” alguns veteranos. Arrependes-te ou achas que era um meio necessário para a renovação da equipa?
- A: Foi uma época difícil, sucedi ao Marco que além de treinador era a verdadeira alma e símbolo do futsal e a espinha dorsal do grupo tinha deixado de jogar, o plantel passou a ser constituido por mais caloiros que veteranos e mesmo os “veteranos” tinham 1 ano de equipa e quase não tinham jogado!
Acho que cometi vários erros por inexperiência e por ter falta de apoio e de um grupo forte para integrar os novos e suprimir as minhas lacunas, mas acho que numa altura de renovação tão grande era difícil fazê-la de uma forma mais gradual e penso que este ano tamos a conseguir colher mais frutos dessa aposta.


- F: Passando para a época presente, achaste por bem dividir o lugar de Treinador com o Celso. O que é que te levou a escolheres o Celso de entre todos os nomes possíveis?
- A: O ano passado senti-me só porque tinha muitos jogadores e era dificil aproveitar ao máximo os treinos e fazer a equipa evoluir o que podia com uma pessoa a ajudar e o Karel, apesar do esforço enorme que fez, não teve hipótese de me acompanhar como eu desejava.
Este ano precisava de alguém a tempo inteiro e qualquer meu ex-companheiro reunia condições para o lugar, mas pensei bastante e vi que o Celso era o que tinha as características que a equipa precisava e a nossa amizade e cumplicidade resolveria todos os problemas que surgem numa liderança bicéfala. O Celso dedica-se como ninguém em todos os projectos, foi um exemplo na sua forma de estar em campo pela garra, humildade, capacidade de superação e amizade aos companheiros e tem todas as condições para conseguir transmitir esses valores à equipa e a minha escolha não se poderia ter revelado mais acertada.


- F: Como já é o teu 2º ano como Treinador podes fazer esta comparação conscientemente. Em que patamar achas que a equipa está, a nível técnico, táctico, psicológico quando comparada com a realidade que se vivia em Janeiro do ano passado?
- A: Até há um mês atrás eu daria uma resposta, hoje dou outra. Penso que as derrotas no final do ano passado abalaram a confiança das pessoas, o que aliado à paragem para férias fez com que a equipa entrasse na época a jogar menos bem do que já fizera, mas depressa recuperou as suas rotinas com o decorrer dos treinos e, na minha opinião estava num grande momento antes do Natal, com maior cumplicidade entre as pessoas e um conhecimento mútuo que se reflectia na produção dentro de campo.
Com a alteração do calendário escolar via Bolonha, a equipa não faz um treino decente há mês e meio, as pessoas desleixaram-se nas férias e mostraram pouca dedicação à equipa ao não comparecer e isso vai-se reflectir no nosso jogo. Estou desiludido com a falta de dedicação, com honrosas excepções, e isso pode custar-nos os objectivos que tanto ambicionamos e que estavam ao nosso alcance!


- F: Falando do Futsal em si. Eras Guarda-Redes, posição fulcral na quadra. Quais são para ti os aspectos mais importantes (e pode servir isto como conselho aos teus “sucessores”) que um GR tem de trabalhar para desempenhar bem a sua função, que hoje em dia, além de ser defender as redes, passa também por organizar a equipa defensivamente e ser um importante vector no contra-ataque?
- A: A posição de guarda-redes é especial e temos de ser apaixonados por ela e pelo jogo em si para a escolhermos, pois é extremamente ingrata, todos podem falhar, menos os GR e isso é uma grande pressão. Por outro lado no futsal o GR é mais importante que no fut-11, é “meia equipa” porque é muito mais solicitado.
Penso que, para ser bom, um GR tem de perceber muito bem o jogo, tem de ter presença, colocação e agilidade, mas deve também ser um líder e ser respeitado pelos outros, porque tem de falar constantemente com os companheiros para corrigir a sua colocação e tem de ser ouvido por eles. Por outro lado, uma equipa confiante no seu GR tem mais capacidade para se libertar e jogar melhor futsal.


- F: Estamos envolvidos em 3 frentes: CUL, TUL e Taça ADESL. Quais são os objectivos e expectativas (e não falo aqui a nível de classificação, pois esses terão que ser vencer) que tu e o Celso têm traçados para a equipa em cada uma dessas competições?
- A: Devemos pensar em ganhar todos os jogos, jogo a jogo como se diz na gíria futebolística. De qualquer forma temos objectivos e eles passam sempre pela subida de divisão e pela vitória no TUL e na taça, sendo que nessas duas últimas competições queremos dar maior rotatividade e preparar o futuro da equipa, dando oportunidade aos mais novos e aos mais dedicados. Devemos sempre ser ambiciosos no desporto, pelo menos essa é a minha maneira de estar.

- F: Se tivesses que eleger, quais classificarias como o Melhor e o Pior momento que viveste na equipa como jogador, e a mesma coisa agora enquanto Treinador?
- A: Como jogador o melhor momento é impossível de destacar, foram tantos, foi cada treino e jogo que fiz pela equipa. Como piores momentos destaco lógicamente o jogo em que perdemos a subida de divisão no culminar de 4 anos de dedicação em que falhei aos meus melhores amigos na promessa que lhes fiz de subirmos juntos. Destaco também o último jogo que fiz, na Holanda, e o momento em que fui substituido e fui sozinho para um canto chorar como um menino por saber que era a última vez para mim!
Como treinador o melhor momento foi o dia em que dei o 1º treino e realizei esse sonho. O pior não foi a não subida de divisão, como se poderia pensar, porque fomos inferiores ao nosso adversário e a equipa é jovem, foi apenas o ano zero deste projecto, estamos em construção e vamos consegui-lo mais cedo ou mais tarde. O pior para mim foi a divisão que se viveu no balneário o ano passado, não é essa a nossa forma de estar e o espírito ímpar que aquela equipa sempre teve deve prevalecer sobre tudo mais.


Foi a primeira "Entrevista da Semana" de 2008. Como estou (novamente) lesionado não poderei estar nos treinos nas próximas semanas. Ainda assim tentarei pôr um novo testemunho para a semana. Abraço a todos, e até à próxima!

A Equipa de Futsal da Faculdade de Direito de Lisboa