segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Entrevista da Semana - Tomás

Estamos prestes a começar a época no que toca a jogos oficiais, sendo assim, em vez de procurar um caloiro, o Futsal FDL quis para esta "Entrevista da Semana" alguém que pudesse dar o mote para o início do campeonato de forma motivadora.
Apresentamos hoje um jogador que apenas faz a sua 2ª época como jogador da Equipa, já é Sub-Capitão e na época passada ganhou o prémio de "Jogador Revelação". Utilizará o nº9 que o acompanhou quando jogava federado, apresentamos assim Tomás Morais.

- Futsal FDL (F): É apenas a tua segunda época na equipa e já és visto como um dos maiores lideres da equipa, dentro e fora do campo. Onde vais buscar essa capacidade de liderança?
- Tomás (T): Acho que se as pessoas me vêm como um líder naquela equipa, isso deve-se quase a 100% ao empenho e dedicação que meto tanto nos treinos como depois nos jogos. Procuro sempre ter essa atitude e contagiar o resto das pessoas com essa vontade de ganhar porque foi assim que cresci e me desenvolvi no desporto e só comportando-me desta forma é que consigo ter prazer em jogar ou a fazer o quer que seja.
É pena que nem sempre consiga transmitir esta ambição da forma mais correcta, confundindo as pessoas, que por vezes acham que grito ou falo com outro colega não para o ajudar mas para o "deitar abaixo"...


- F: És um Fixo, à partida um elemento mais recuado no campo, e na época passada foste o melhor marcador da equipa. A tua motivação depende desses muitos golos ou ja é algo banal para ti marcar?
- T: Não acho que tenha de haver uma relação directa entre ser fixo e marcar poucos golos ou só defender, antes pelo contrário! Hoje em dia cada vez mais uma posição em campo é algo relativo, no Futsal acho que um jogador tem mesmo de ser capaz tanto de defender como de atacar, seja em que posição for. Em relação aos golos, como é óbvio é sempre bom marcar e fico feliz quando o faço, sou capaz até de perder tempo com o Tudela a discutir se o golo foi bonito ou não mas a minha motivação não passa pelos golos até porque não os marco sozinho, e se não fosse o esforço de todos, se calhar não marcava era nenhum. Ver toda a equipa a correr, a jogar e dar tudo é que realmente me motiva.

- F: Como disseste ha pouco, às vezes és mal interpretado nas tuas tentativas de galvanizar a equipa ou algum jogador em especial. Nessas situações em que só apetece desistir de ter essa atitude, quem foram/são as pessoas que mais te apoiam na equipa?
- T: Em primeiro lugar tenho de falar do Alma. Ele é o nosso treinador e desde o 1º dia deu-me total confiança para eu me assumir. Sem dúvida que sem o apoio dele eu não ia ser capaz de fazer o que faço. Em relação ao resto das pessoas, também existem jogadores que me ajudam e são mto importantes para mim: O Tudela desde logo que é como um irmão para mim dentro e fora de campo. sem ele é sempre díficil de encarar os problemas. O pedro pela sua qualidade e confiança que me dá, o Pauleta por ser um guerreiro nato e por sempre se ter esforçado para que eu me sentisse bem naquele grupo, tal como o Carlão que às vezes funciona como um irmão mais velho que nunca tive.
Não posso ainda esquecer o João Alves que já não joga, mas que estará sempre comigo e para mim é impossível esquece-lo, ele é o meu padrinho e todos os golos que marcar, tudo o que de bom fizer este ano dedico-lhe a ele, pelo amigo que foi e é.


- F: Tu no teu dia-a-dia és uma pessoa calma, reservada e bem-disposta. No campo assumes o comando, dás o peito às balas e ignoras totalmente o adversário, mesmo que esteja lá o teu ídolo a jogar. Achas que há uma discrepância assim tão grande entre a tua maneira de ser e a tua maneira de jogar? Se sim, quando é que se dá o “clic” em que passas de Tomás Morais para Tomás “o Capitão”?
- T: Essa é uma grande pergunta. É verdade que sou uma pessoa calma e reservada, mas não é por isso que deixo de fazer as coisas à minha maneira, sem ligar muito ao que os outros dizem ou pensam. Acho que a jogar acabo por levar esse "egoísmo" para o jogo: em campo sou igual a mim mesmo, gosto de me assumir jogar como quero e isso passa por ter a atitude que referiste na pergunta.
Não consigo estar condicionado por nada, jogar é meter aquilo que sabemos independentemente de contra quem é ou de quem está de fora; quando consegues estar tranquilo a esse ponto é tudo mais fácil, tal como no dia-a-dia... Temos de ser capazes de nos expressar seja de que forma for.


- F: Certamente quando pensas no teu desempenho traças objectivos para ti próprio e imaginas objectivos para a equipa. Queres revela-los?
- T: Os meus objectivos são os objectivos da equipa e passam por subir de divisãoe ganhar as outras competições em que estivermos envolvidos.

- F: Falaste em subir de divisão. No ano passado estivemos muito perto. O que achas que falhou e que devemos corrigir para este ano não passarmos pela mesma frustração?
- T: É verdade que estivemos muito perto de subir e não conseguimos, já vi o nosso falhanço ser reconduzido a árbitros, à sorte a uma série de factores. Sou sincero, fico preocupado quando vejo esse tipo de atitude, acho que só não subimos por culpa nossa, não vou agora enunciar momentos em que algo falhou porque este não é o espaço correcto para tal, mas que esses momentos existiram é verdadee ou somos capazes de nos mantermos concentrados e fiéis àquilo em que acreditamos até ao fim, ou nos sujeitamos à pressão de certas pessoas e factores e aí acho nos vamos desiludir mais uma vez.

- F: Estamos apenas a 2 dias do 1º jogo do campeonato. Nervoso? Ansioso? Que mensagem queres deixar aos convocados, aos treinadores e àqueles que estarão lá a apoiar?
- T: Acima de tudo, estou com imensa vontade de jogar esse jogo. Não escondo que também possa estar ansioso, por este ser o 1º jogo e nem tudo estar a 100%, mas também estou confiante que tudo vá correr bem e a mensagem mais sincera que posso deixar a todos é exactamente esta, que tenho confiança nos meus colegas e nos treinadores. Acho que se eles acreditarem nisso vencemos qualquer equipa.

Esta foi a mais longa e talvez a "Entrevista da Semana" em que se ficou a conhecer melhor o entrevistado. Para a semana, já com um jogo disputado, falaremos com um dos protagonistas desse jogo que disputaremos já na Terça-Feira às 18:45 no Polidesportivo 3. Abraço a todos, até à próxima!

A Equipa de Futsal da Faculdade de Direito de Lisboa

4 comentários:

Anónimo disse...

Bem, a ti deixo um grande Abraço pelo irmão que és para mim desde a altura do primeiro dia de aulas do 10º ano.
Deixo também aqui uma força e um voto de confiança, pois sei que vais fazer uma época ainda melhor que a que fizeste o ano passado pois és um jogador tremendo!
Finalmente, quero ver se esta lesão ficou curada de vez, para já no 2º jogo poder fazer aquilo que mais gosto no Futsal que é jogar ao teu lado! Grande Abraço

Anónimo disse...

foste aquele gajo que veio ter cmg antes do primeiro treino,e desde logo criamos ali alguma afinidade!és um exemplo pelo empenho nos jogos e treinos,bem como pelo grande valor e mais valia que és,como jogador e como pessoa!sei q unidos venceremos e assim sera...abraçao

Anónimo disse...

Tal como o Esquilo diz, foste uma pessoa bastante importante para a integração dos caloiros na equipa. logo de principio, contagiaste-nos com a tua determinação e espirito. e baseado neste modelo k podems nao so subirms de divisao como alcnçar o grnd objectiv, k e recriar a familia k tant ambicionams. Abraço

Anónimo disse...

A entrevista não me impressiona, aliás só demonstra um pouco da excelente pessoa que és... concordo que sejas um pouco incompreendido na maneira como abordas os colegas nos jogos e treinos, mas aí talvez tenhas de fazer alguma coisa quanto a isso. Fiquei muito feliz por saber que tás a integrar os caloiros (pelos coments)...
Desejo que continues a ajudar para a que o grupo se torne cada vez mais unido... mais que uma equipa uma familia é o LEMA... com a vossa qualidade se se derem bem e lutarem uns pelos outros os resultados vão aparecer de certeza!!
um grande abraço do teu "godfather"